Estamos tristes! Tristes e desapontados.

Como pais, mães, brasileiros, brasileiras,educadores, educadoras e seres humanos ficamos atônitos com a tragédia ocorrida no dia de ontem em uma escola no Rio de Janeiro.
11 “brasileirinhos” – parafraseando a presidenta Dilma – com uma estrada longa a ser percorrida vitimados pela violência e ignorância.
Agora já se passa da meia noite e não consigo tirar da mente a imagem da avô gritando aos prantos:
Por que? Por que Meu Deus? Por quê?
A tristeza por vezes se confunde com um sentimento de incompetência.Fico imaginando! Quantos sorrisos …quantos projetos…. quantos sonhos….quantas lágrimas bruscamente ceifadas! E os que ficaram já não são os mesmos. Algo morto dentro de si.Penso no que podemos fazer para homenagerar os nossos brasileirinhos e aliviar a dor dos familiares e estudantes que ficaram?                                                                                                     Sou educador, somos educadores e educadoras. Trazemos no nosso corpo e  na nossa alma, o desejo de contruir um mundo melhor através do conhecimento e da valorização da vida. Às vezes somos muito…às vezes sentimo-nos pouco. Somos educadores!

Tomo aqui a  liberdade de fazer um pedido a cada um e a cada uma de nós. 
Em cada sala que entrares no dia de amanhã faça um minuto de silêncio em pesar pela morte dos 11 estudantes.
Em seguida, em cada turma reflita, abra um debate sobre o crescimento da violência em nossa sociedade.
Fale da importância da solidariedade, da justiça, da  da vida, da valorização do ser em detrimento do ter. Fale da humanidade. Fale de esperança. Fale de gente.
Sugira aos teus alunos que estes sejam soldados na luta contra a violência, na luta pelo desarmamento. Aliás, esta luta começa dentro do próprio lar.
Você que é estudante fale ao teu pai, irmão, ou tio que ter armas em casa é uma forma de alimentar a violência que criticamos todos os dias.                Com certeza, onde estiverem nossos brasileirinhos perceberão que apesar de tudo, ainda há uma luz, uma possibilidade de sermos mais gente.

Estamos tristes! Tristes e desapontados.