Rolou pagode e muito humor no churrascão da ” gente diferenciada”

 

Que maravilha! Centenas de pessoas participam do churrascão da “gente diferenciada” em frente o shopping Higienópolis em SP.
Rolou pagode e refrigerantes bem Brasil. O protesto bem humorado foi uma mobilização contra o governo de SP que suspendeu a construção de estação de metrô no Bairro por solicitação da elite paulista residente na área. Segundo esta, com a estação o bairro seria frequentado por uma gente diferenciada.

É a luta de classes a todo vapor!

Comissão da APP é recebida pelo governador Beto Richa

Educadores do Paraná participaram no dia de hoje da mobilização nacional em defesa da educação pública. Na pauta do dia, o Piso Salarial Nacional, o Plano Nacional da Educação, a implementação de um novo modelo de atendimento à saúde do funcionalismo do Paraná. Na audiência Beto Richa se comprometeu com a pauta do dia e anunciou o envio do Pl da data-base para a Assembleia Legislativa.

Foto: Valnísia Mangueira

Veja nota publicada no Portal da APP-Sindicato:

 

O governador Beto Richa recebeu no final da manhã desta quarta-feira (11) – Dia de Mobilização Nacional – A Educação quer Mais -, no Palácio das Araucárias, uma comissão formada por diretores da APP-Sindicato e pelo deputado estadual Professor Lemos. Na reunião, Richa recebeu uma cópia da carta compromisso (clique nos links abaixo desta nota para ver o conteúdo do documento)  que está sendo entregue em todo o país aos governadores e prefeitos.

“Também explicamos ao governador o teor do documento, que trata da implementação do Piso Salarial Profissional Nacional, da hora-atividade, da questão da saúde dos trabalhadores. Além da carta, ele recebeu um relatório elaborado pela nossa Secretaria de Saúde e Previdência descrevendo o quadro de adoecimento existente entre os educadores”, explicou a presidenta da APP, professora Marlei Fernandes de Carvalho.

Ao receber os documentos, o governador delegou, mais uma, vez à Secretaria de Estado da Educação (Seed) a aplicabilidade do Piso no Estado, inclusive o compromisso com a hora-atividade. Em reunião realizada nesta terça-feira (10) com a APP, a Seed informou que os estudos de impacto para a aplicação dos 33% (conforme determina a Lei do Piso) já está sendo feito. No encontro com a APP, Richa reforçou o compromisso de manter um debate constante com a categoria.

Em seguida, questionado pela APP sobre o atraso no envio da mensagem concedendo o reajuste de 6,5% na data-base (1º de maio) para todo o funcionalismo do Estado, o governador garantiu que o texto segue ainda hoje para a Assembleia Legislativa do Paraná. Ele, inclusive, se comprometeu em anunciar publicamente em Ponta Grossa, onde estará cumprindo agenda, o envio da mensagem para a Assembleia.

“Para nós, este dia está sendo bem importante. Nós, educadores, estamos colocando na pauta de discussão da sociedade nossas reivindicações. E isto só é possível porque temos uma entidade que é respeitada por sua luta e história”, ressalta Marlei. Além da presidenta, acompanharam a entrega dos documentos os diretores Luiz Carlos Paixão da Rocha (Imprensa), Edilson Aparecido de Paula (Municipais) e Miguel Baez (Finanças).

Reunião com o vice-governador – Após o encontro com o governador, a comissão também conversou com o secretário de Educação e vice-governador Flávio Arns. Além do relato sobre a entrega da carta a Beto Richa, na reunião foi reiterada a pauta de reivindicação. Sobre o Piso, Arns informou que a Seed espera apenas uma resposta da Procuradoria Geral do Estado (PGE) a respeito da necessidade da publicação do acórdão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Piso para, então, aplicá-lo no Paraná.

“Assim que sair a resposta, o secretário se comprometeu a aplicar o Piso imediatamente. Acredito que nesta folha talvez ainda exista alguma dificuldade, mas na próxima folha – e nós vamos trabalhar para isto – espero que já tenhamos além dos 6,5% de reposição da inflação, os 3% para complementar o valor do Piso Salarial”, informou a presidenta da APP. Segundo ela, a mesma coisa deve acontecer com relação a hora-atividade.

“O secretário falou que saindo, ou não, o acórdão, isto é uma tendência. Ele entende que isto precisa avançar. Eles estão terminando o levantamento do impacto, para que a gente possa ter uma proposta efetiva de aplicação. Se isto será é de uma única vez, se será gradativo, enfim, nós também vamos debater com a categoria essas possibilidades”, afirmou Marlei.

Arns também comentou sobre a grande resposta que a consulta pública sobre o porte das escolas tem alcançado. Segundo ele, 20 mil pessoas já acessaram a proposta da Secretaria. Quase nove mil sugestões de mudanças já foram enviadas ao governo. “E é exatamente isto que deve ser feito. A proposta da APP também precisa de ajustes e as pessoas também devem contribuir. Então, devemos ficar atentos a esta nova metodologia consulta pública, para que coloquemos lá aquilo de que precisamos. As necessidade da escola”, argumentou a presidenta da APP.

Entidades da educação debatem o novo Plano Nacional de Educação

Após a realização da Conferência Nacional de Educação – Conae, em dezembro do ano passado, o MEC encaminhou, ao Congresso Nacional o PL P8530/10 que propõe a instituição do Plano Nacional de Educação para os próximos dez anos – 2011 a 2020.

Educadores, gestores e entidades ligadas a educação de todo o país intensificam o debate sobre o Plano. Vários segmentos têm procurado do Congreso Nacional para apresentar emendas ao Plano.

Os segmentos que historicamente tem defendido a valorização da educação pública em todo país avaliam a necessidade de garantir no Plano o conjunto das propostas aprovadas na Conferência Nacional de Educação.

Aqui no Paraná, no último final de semana foi realizado a XXX Sessão Plenária do Fórum Estadual em Defesa da Escola Pública cujo objetivo central foi o de debater e aprovar emendas ao novo Plano. O setor da educação da UFPR , através da realização de debates semanais também está em fase de conclusão de um grupo de emendas ao PNE.

A Câmara de deputados fará audiências públicas sobre o Plano em todas as regiões do país. Aqui no Paraná, a audiência acontecerá na Assembleia Legislativa no dia 06 de junho.

Conheça o PL do PNE.

plano nacional de educação

Palmares cria selo para celebrar o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes

Por Suzana Varjão   da Fundação Palmares

No Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, a Fundação Cultural Palmares (FCP) criou um selo para celebrar a data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para difundir o compromisso mundial de lutar contra o racismo e pela inserção de negros e negras em todos os espaços de cidadania. Fruto de criação coletiva, a marca será usada em documentos e peças promocionais da instituição.     

O selo comemorativo exprime o compartilhamento de objetivos da Palmares e da Organização das Nações Unidas, por meio da fusão de elementos de suas respectivas marcas. Ao abraçar a causa dos povos da Diáspora Africana, a ONU abraça também as instituições que por ela trabalham – o que o componente gráfico da marca criada pela Palmares procurou traduzir, com o entrelaçamento das duas simbologias.     

DISCURSO GRÁFICO – O slogan do selo-exaltação segue a tipologia da marca da Fundação, reforçando a referência à sua identidade visual – um discurso gráfico que busca notabilizar, internacionalmente, sua nobre missão, de proteger, valorizar e promover a cultura negra; uma forma de dizer que “acreditamos e apoiamos a campanha da ONU”, como pontua o presidente da Palmares, Eloi Ferreira de Araújo.     

Quem quiser usar o selo comemorativo poderá baixá-lo diretamente do portal da Fundação, onde estará publicado também um sucinto manual de aplicação. A referência ao ano de 2011 foi propositalmente suprimida, uma vez que a intenção é usar o símbolo mesmo após o prazo formal da campanha, cujos desdobramentos ultrapassarão o período oficial das celebrações.     

A campanha  

“A comunidade internacional não pode aceitar que grupos inteiros sejam marginalizados por causa da cor de sua pele” (Ban Ki-moon, Secretário-Geral da ONU).  

O ato que instituiu 2011 como o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes ocorreu em dezembro passado, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. E marcou a retomada das resoluções da III Conferência Mundial sobre Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, realizada há dez anos, na cidade de Durban, África do Sul.     

Um dos signatários do documento que selou o pacto da comunidade internacional pelo fim do racismo, o Brasil reiterou o compromisso firmado nas conferências regionais de 2006 e 2008, quando foram avaliados os avanços e desafios da implementação do Plano de Ação de Durban na América Latina e Caribe; e na conferência de Revisão de Durban, ocorrida em Genebra, em 2009.     

Dentre os mecanismos estruturados pelo Estado brasileiro para combater a discriminação racial e promover a inclusão e o desenvolvimento da população negra no País destacam-se a criação da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e a sanção da Lei 12.228, de 2010, conhecida como Estatuto da Igualdade Racial.     

Quem somos   


Criada em 1988, em decorrência da luta do Movimento Negro, a Fundação Cultural Palmares (FCP) é uma instituição pública vinculada ao Ministério da Cultura que tem a finalidade de promover e preservar a cultura afro-brasileira. Preocupada com a igualdade racial e com a valorização das manifestações de matriz africana, formula e implanta políticas públicas para potencializar a participação da população descendente de africanos escravizados nos processos de desenvolvimento do País
Leia mais sobre o assunto.

Censo 2010:população do Brasil deixa de ser predominantemente branca

Notícia publicada no Portal – http://oglobo.globo.com/

RIO – Pela primeira vez na História do Censo, a população do Brasil deixa de ser predominantemente branca. Pelos dados de 2010, as pessoas que se declararam brancas são 47,73% da população, enquanto em 2000 eram 53,74%. Nos outros Censos, até agora, os brancos sempre tinham sido mais que 50%.

INFOGRÁFICO: Confira os dados da pesquisa

 VÍDEO: Não recebeu a visita do Censo? Presidente do IBGE justifica

Em 2010, do total de 190.749.191 brasileiros, 91.051.646 se declararam brancos – o que faz com que, apesar de continuar sendo o grupo com maior número de pessoas em termos absolutos, a população branca tenha percentual menor do que a soma de pretos, pardos, amarelos e indígenas.

” O Censo confirma o que já vinha sendo indicado nas PNADs “


A população negra aumentou em quatro milhões, indo de 10.554.336 em 2000 para 14.517.961. Já a parda aumentou em 16,9 milhões: foi de 65.318.092 para 82.277.333. A parcela de indígenas cresceu de 734.127 para 817.963, e a amarela, de 761.583 para 2.084.288. A população branca foi, assim, a única que diminuiu. Paula Miranda-Ribeiro, professora de demografia do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG, sublinha essa mudança cultural.

– O Brasil está mais preto, algo mais próximo da realidade – diz Paula, para quem a principal razão é a maior identificação de pretos e pardos com sua cor. – É a chamada desejabilidade social. Historicamente, pretos e pardos eram desvalorizados socialmente, o que fazia com que pretos desejassem ser pardos, e pardos, brancos. Agora, pretos e pardos quiseram se identificar assim. Isso pode ter a ver, ainda, com a afirmação dessa população como forte consumidor atualmente, que se refletiu em afirmação de identidade. Outra razão desse aumento de pretos e pardos é também o maior número de casamentos interraciais.

– O Censo confirma o que já vinha sendo indicado nas PNADs. Entre 1995 e 2008, houve queda de seis pontos percentuais do número de pessoas brancas – diz Marcelo Paixão, coordenador do Laboratório de Análises das Relações Raciais da UFRJ. – É fruto de um processo de valorização étnica, que vem de visibilidade maior tanto de atores e personalidades negros quanto de temas como cotas. Como o aumento de pretos e pardos foi também nas faixas etárias intermediárias, não só dos que nascem, por exemplo, podemos ver, sim, mudança comportamental.

Moradora de Campo Grande, Zona Oeste do Rio, a vendedora Gisela Zerlotine fez questão de se declarar parda no Censo de 2010:

– Apesar de não ter pele tão escura, eu me sinto mais próxima de pardos e negros, minha família tem muitos negros – diz Gisela, casada há sete anos com Luiz Carlos de Oliveira, negro. – A gente tem dois filhos. Um é meu de uma relação anterior, Pedro, de 8 anos, branco mesmo, o pai era bem branco. E a outra é a Milena, de 2, filha minha com o Luiz Carlos. Ela já é caramelo. É bem misturada.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/04/29/censo-2010-populacao-do-brasil-deixa-de-ser-predominantemente-branca-924352875.asp#ixzz1LIwnpnEQ
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1/3 da hora-atividade é constitucional

Um terço da jornada para a hora-atividade é constitucional. Esta foi a decisão proferida na tarde de hoje pelo Supremo Tribunal Federal. Com a decisão o STF nega na íntegra a ADI 4.167 impetrada por cinco governadores solicitando a declaração de inconstituicionalidade a Lei do PSPN.

Ao dar continuidade ao julgamento sobre a hora-atividade, o Supremo Tribunal Federal conclui na tarde de hoje (27/04) o processo de votação sobre a Lei do Piso Nacional dos professores. O julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade teve início no último dia 06 de abril. Na ocasião os ministros declararam a Lei constitucional, porém não concluiram a votação da destinação de um terço da jornada para hora-atividade prevista no Parágrafo 4º do Artigo 2º da Lei do Piso.A votação foi concluida nesta quarta-feira, com o voto do presidente do STF.

Cabe agora os trabalhadores em educação de todo país exigirem dos governadores e prefeitos a efetivação do 1/3 de hora-atividade. Ao contrário da decisão sobre o o restante da Lei do Piso, a hora-atividade de 1/3 poderá ainda ser questionada nos tribunais, visto que o Supremo não a conferiu efeito vinculante.

Hora-atividade: uma luta histórica !

Entre os anos de 1996 e 1997 (não lembro muito bem ) fiquei entusiamado com uma campanha estadual realizada pela APP-sindicato pela hora-atividade. Naquela época lecionava a disciplina de Língua Portuguesa na escola Estadual Barão do Rio Branco e no Colégio Newton Guimarães, em Londrina. Trabalhava 40 horas semanais.

O lema da campanha “ Chega de trabalho escravo” era a melhor tradução da realidade que vivíamos nas escolas. Todo o trabalho que fazíamos de preparação de aulas, elaboração de provas e de correção era realizado durante as madrugadas e os finais de semana. Não recebíamos nada por isto. Era de verdade um trabalho escravo. Com muita luta, já na direção estadual da APP-sindicato conquistamos em 2002, 10% de hora-atividade. Em 2003, 20%. Conquista importantes que interferiram positivamente no trabalho dos educadores do Paraná.

Porém, o nosso horizonte histórico sempre foi o de consolidar a metade da jornada de trabalho docente para as atividades de preparação, correção e acompanhamento como já acontece em vários países do mundo. Esta medida traria um salto de qualidade significativo na qualidade da educação ofertada e na qualidade de vida e de trabalho dos educadores brasileiros.

A instituição de 1/3 de hora-atividade na Lei do Piso é mais uma etapa desta luta histórica. Esta é uma bandeira que deve ser abraçada por todos aqueles que defendem a escola pública de qualidade. Deve ser uma bandeira de toda a sociedade brasileira.                                                                                                      Mais informações sobre o jugamento:  http://www.cnte.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7030&Itemid=52

Leia entrevista da atriz e cantora Zezé Mota a Folha universal

A atriz Zezé Motta, de 62 anos, se considera uma “cantriz”, misto de cantora e atriz. Com 44 anos de carreira, ela é uma das poucas artistas brasileiras com mais de 50 filmes e mais de 35 telenovelas no currículo.Ao mesmo tempo, ela já gravou oito álbuns como cantora e agora está lançando um CD em homenagem aos compositores Luiz Melodia e Jards Macalé. Famosa como protagonista do filme “Xica da Silva”, dirigido por Cacá Diegues, em 1976, ela participou de célebres espetáculos teatrais como “Roda Viva”, de 1967. Atualmente, Zezé Motta é a Dadá, da novela “Rebelde”, da “Rede Record”.
1 – Como está sendo sua participação em “Rebelde”?
Minha personagem se chama Dadá, é casada com o Alceu, interpretado por Antonio Pompeu, amigo querido, e tem três filhos.O que me dá muita alegria nesse trabalho é que já existe essa preocupação dos personagens negros terem uma família, um núcleo, o que não acontecia no início da minha carreira.Fico emocionada quando vejo que valeu a pena brigarmos por isso e percebo que em todas as telenovelas os personagens negros não estão mais tão marginalizados.

2 – A forma como os negros são retratados está mudando?
Devagarzinho, mas está, porque houve muita cobrança e questionamento por parte do movimento negro e dos próprios atores negros.“Até quando, a gente vai ficar só abrindo e fechando porta, e servindo cafezinho?” Eu fiz um curso de arte dramática no Tablado, fui aluna da dramaturga Maria Clara Machado e só me chamam para servir café?! Felizmente,está mudando.

3 – Mas não adianta só haver atores negros e não autores e diretores?
A gente ainda tem muito chão pela frente.Eu acho que falta espaço para o autor, o diretor e o escritor negro. Não sei se falta empenho dos próprios de batalhar por essa carreira, ou se é dificuldade de conseguir espaço. O Milton Gonçalves é um excelente diretor, só que o último trabalho dele nessa função foi “A Escrava Isaura”. Mas a luta continua.

4 – Qual foi a importância do filme “Xica da Silva”, do Cacá Diegues?
“Xica da Silva” foi um divisor de águas na minha vida, porque eu não era conhecida e o filme me tornou popular não só no Brasil, mas no mundo. Quando eu passei no teste para o filme, saiu numa revista: “Quem passou no teste para fazer ‘Xica da Silva’ é feia, porém exuberante.” E eu olhava para a foto de uma revista chiquérrima, assinada pelo Antonio Guerreiro e me achava tão bonita. Mas aí, por conta da coisa sensual, eu e Sônia Braga, que, naquele ano estourou com o filme “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, viramos símbolos sexuais.

5 – Você se incomodou de virar símbolo sexual?
Pessoalmente, não acrescentou nada, mas,enquanto militante, eu gostei, porque, nessa época, não se dava capa de revista para negro e japonês, que eram considerados de etnias feias.Não eram os bonitos. E capa de revista tem que vender. A partir do momento em que eu fiz sucesso com o filme e virei símbolo sexual,eu passei a aparecer em capa de revista.

6 – É verdade que você foi vetada na capa de uma revista por ser negra?
Uma vez eu pedi para um amigo que trabalhava na editora Bloch para fazer fotonovela e ele me disse que não estava autorizado a contratar atores negros. Eu fiquei chocada. Depois, eu fui convidada para sair na capa de uma revista,mas até ela ser aprovada, houve grande discussão,pois alegavam que não venderia. Eu soube que na época não davam capa para negro e japonês, pois achavam que nós fazíamos parte do grupo de pessoas feias. Mas a capa saiu, comigo bem sensual, e esgotou na primeira semana.

7 – Como foi ser a primeira protagonista negra do cinema brasileiro?
É motivo de orgulho. Claro meu coração ficou em festa. E a Xica da Silva dá sorte. Ela mudou também a vida da Taís (Araújo, que a interpretou numa novela exibida em 1996). Quando começaram a me chamar de Xica da Silva na rua, aquilo me incomodou,porque queria imprimir o meu nome, mas depois descobri que ela é minha fada madrinha.E depois fiquei feliz de ser chamada para fazer a mãe da Xica. Acho que é inédito, uma atriz fazer a personagem e depois a mãe dela.

8 – Qual é a importância do Centro Brasileiro de Informação e Documentação do Artista Negro (CIDAN)?
Após “Xica da Silva”, descobri que,quando se fazia algo sobre escravidão na televisão,apareciam vários atores negros, mas depois eles sumiam. E se eu estivesse numa novela, não tinha espaço para a Neusa Borges.E se a Ruth de Souza estivesse atuando,não havia espaço para a Chica Xavier. Havia apenas um ou dois negros em cada novela. Então comecei a cobrar dos diretores e produtores a razão para essa quase invisibilidade e descobri que os atores negros viviam desempregados e não tinham sequer dinheiro para fazer um book do trabalho. Então criei um banco de dados dos atores negros,que resultou numa página na internet. E,hoje, quando se faz cinema, televisão ou teatro e há alguma dúvida sobre atores negros,o site do CIDAN é consultado.

9 – Você diz que é uma “cantriz”?
Foi um crítico que inventou essa expressão.Eu adorei e, inclusive, na ficha de hotel, eu sempre coloco cantriz. Eu me sinto em estado de graça quando estou representando.Mas se me dizessem:“Tem que escolher.”Eu escolheria a música. Cantar é bom demais.

10 – O seu sonho é ter uma música na trilha sonora de uma novela?
A trilha sonora de novela tem muita força e, ainda hoje, depois desses anos todos de carreira, eu ouço de vez em quando: “Não sabia que você era cantora também.” Isso me dá uma frustração. Com uma música na novela,o Brasil inteiro ficaria sabendo que eu canto,mas é um delírio da minha parte.

Por Guilherme Bryan

Governo apresenta proposta para a equiparação e Piso Nacional

Notícia publicada no Portal da APP-Sindicato

A aplicação da Lei 11.738, a Lei do Piso salarial Profissional Nacional, e a equiparação salarial foram os principais temas debatidos na reunião entre  a comissão de negociação da APP-Sindicato e a Secretaria de Estado da Educação (Seed). O secretário da Educação, o vice-governador Flavio Arns comprometeu-se em aplicar o Piso Salarial Profissonal Nacional (PSPN) no Paraná assim que publicado o Acordão da decisão do Supremo Tribunal Federal. E apresentou a proposta do governo para a equiparação salarial. Além disto, durante a reunião que aaconteceu nesta tarde (20), na sede da Fundepar, foi anunciada a reposição de 6,5% para o cumprimento da data base do funcionalismo público.

PSPN – A direção da APP-Sindicato e os integrantes da Secretaria Estadual de Educação realizaram um longo debate sobre as implicações da decisão do Supremo Tribunal Federal em relação à Lei do Piso do Magistério. Durante o debate, o secretário Flavio Arns assumiu o compromisso com o sindicato de implementar o valor do Piso Nacional aqui no estado, assim que haja a publicação do Acórdão da decisão do PSPN.

Segundo cálculos do sindicato, o índice necessário para que os professores do Paraná alcancem o valor do Piso Nacional instituído pelo MEC para este ano é de 9,51%. O piso atualizado é de R$1.87,97.  No estado, mesmo com a reposição de 6,5% ainda faltaria mais 3% para chegar ao Piso. Por isso, na reunião, o governo se comprometeu em aplicar esta diferença na tabela salarial dos professores logo após publicação do Acórdão com a decisão do STF.

Equiparação – Em relação ao pagamento da equiparação salarial, o governo confirmou a proposta de parcelamento da equiparação em quatro vezes. Segundo a proposta, a cada ano será pago o percentual de 6,4% para quitar a defasagem dos 25,97% necessários para equiparar os salários dos educadores a demais categorias do funcionalismo com habilitação de ensino superior.

Pela proposta a primeira parcela aconteceria no mês de outubro deste ano. Nesta seria descontado os 3% antecipados para a implantação do Piso Nacional.

Veja proposta do governo:

I) 6,5% para a reposição da inflação para todo o funcionalismo

2) 3% para a efetivação do Piso Nacional no Paraná

3) 25,97% em quatro parcelas anuais de 6,4% (deduzindo o índice do Piso Nacional)

A direção da APP-Sindicato ressaltou a importância de o governo cumprir a data base e de apresentar uma proposta concreta para a implementação do Piso Nacional e para a equiparação salarial. A direção da APP também afirmou que levará a proposta da equiparação para a análise da categoria.

Na próxima reunião com o governo será debatido a aplicação do índice da equiparação e o reconhecimento dos títulos de ensino superior e de pós-graduação na carreira dos funcionários.


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