Triste!

Fui surpreendido hoje de manhã com a notícia do falecimento de Emílio Santiago.
Para homenageá-lo compartilho aqui uma das grandes interpretações feita por Emílio, que retrata um pouco da nossa geração. A música 40 anos é do compositor Altair Veloso.

Emílio, é uma das vozes mais belas da música brasileira. Foi uma das boas referências de música e de país que tive. Lembro, de uma das primeiras vezes que o assisti cantando. Foi em 1985, no Festival dos Festivais promovido pela Rede Globo. Emílio ganhou o prêmio de Melhor ínterprete com uma música em homenagem à Elis Regina.
” Quem diz, quem diz
Que você partiu mente
Somente mente
Não sabe de você
Aqui tão presente…”

Esta música, embora não tenha sido a campeã ( A campeã do festival foi Escrito nas Estrelas de Tetê espindôla) ficou marcada na minha história. Daí comecei a acompanhar as belas interpretações que Emílio fazia de grandes composições da MPB. Posso dizer que Emílio me fez conhecer e gostar mais da música brasileira e do Brasil.
Recentemente, esteve aqui em Curitiba em um belo show na Boca Maldita.
Estou muito triste. Parece que perdi um pouco da minha história.
O consolo é que a sua obra continuará mais viva do que nunca.
Adeus Emílio Santiago, grande humano brasileiro!

Depois de uma semana de reuniões com o governo, reuniões entre a direção da APP-Sindicato, Conselhos e Assembleia Estadual dou uma respirada para tecer algumas reflexões sobre a decisão da nossa Assembleia, de suspensão da greve marcada para o dia 13 de março. Pretendo aqui estabelecer um diálogo com alguns amigos e amigas de caminhada que, ao contrário da decisão da Assembleia, defendiam a deflagração da greve no dia 13. O meu respeito a estes companheiros (a) de travessia me obriga a fazer este diálogo. Não serão divergências momentâneas de avaliação ou de encaminhamentos que nos colocarão em lado opostos nesta nobre trajetória em busca da valorização profissional que merecemos. Dirijo estas reflexões especialmente aos amigos Sebastião, Donizete, Ruy, Viviane, Elaine, Alice, José Natal, Herica, Júlia e outros que, de vez ou outra, estabelecemos bons debates por aqui.

É evidente o forte sentimento no interior da nossa categoria de desconfiança do governo. Esta desconfiança foi criada pelo próprio governo. Em maio do ano passado, após um intenso calendário de mobilização da categoria, e às vésperas de uma Assembleia da APP (que poderia definir o início de greve), o governador apresentou uma proposta: pagamento dos 19,5% referente o Piso Nacional, a partir de maio, negociação do retroativo a janeiro, concurso público para professores, e 33% de hora-atividade. A categoria acatou a proposta. No entanto, o governador cumpriu apenas parte do acordo. Implantou o valor do Piso (desconsiderando o retroativo), e após muita discussão ampliou em 5% a hora-atividade. Isto causou uma revolta em todos nós. Por isto marcamos a greve para o dia 13 de março, para forçar o governo a cumprir o acordo. Até aí há consenso nas avaliações.
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“Ninguém ouviu  um soluçar de dor no canto do Brasil (…) Negro entoou um canto de revolta pelos ares, no Quilombo dos Palmares, onde se refugiou”. O Canto das três raças – Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro

A instituição do feriado de 20 de novembro coloca a cidade de Curitiba na vanguarda de uma agenda nacional, iniciada nos últimos anos, de enfrentamento a preconceitos ainda existentes na sociedade e para a promoção da igualdade racial. Marcas estas fundamentais para a avaliação do estágio democrático em que se encontra qualquer povo. Neste breve artigo, me proponho a tecer algumas reflexões sobre a recente polêmica criada pela Associação Comercial do Paraná (ACP) com relação a aprovação da Lei Municipal que criou o feriado municipal da Consciência Negra.

A Lei 14.224, que instituiu o dia 20 de novembro como feriado municipal da Consciência Negra, foi promulgada no dia 07 de janeiro deste ano, em uma atitude corajosa do presidente da Câmara de Vereadores da capital, Paulo Salamuni. Corajosa, visto a campanha iniciada pela Associação Comercial do Paraná contra o feriado já durante o processo de votação do Projeto de Lei, de autoria do ex-vereador Clementino Vieira. Como não bastasse a campanha, no último dia 7 de fevereiro a Associação Comercial do Paraná e o Sindicato de Empresas da Construção Civil do Paraná ingressaram com uma ação no judiciário paranaense contra a nova legislação. A postura da ACP, preocupada simplesmente com os possíveis “prejuízos financeiros” é retrógrada, pois desconsidera os avanços democráticos que a sociedade civil tem conquistado no último período no campo da cidadania e da luta contra os preconceitos.
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Ufa! Saiu o edital do concurso para professores e professoras. As provas objetivas serão realizadas no dia 19 de maio. O período de inscrição vai de 25 de fevereiro a 8 de abril. Valor da inscrição 60 reais. Acesse o Edital:
http://www.app.com.br/portalapp/imprensa/edital_seap_017_2013.pdf

Depois de um bom tempo sem utilizar este blog, volto a utilizá-lo com intuito de publicar textos e ideias que tenham como objetivo o emporamento do povo negro. A primeira postagem deste retorno é para divulgar o livro A formação de intelectuais negros (as): políticas afirmativas nas universidades brasileiras, de minha autoria, editado pela Nandyala, em outubro de 2012. O livro (capa na parte de baixo deste blog) apresenta discussões e perspectivas que podem contribuir para o atual debate sobre políticas afirmativas no Brasil.

Sendo assim, ele pode ser do interesse de um amplo leque de pessoas e atividades, entre outras: professores em geral, estudantes universitários e vestibulandos, ativistas do movimento negro e outros movimentos sociais.

Segue texto da contracapa escrito pelo professor e pesquisador Paulo Vinicius:

“Esta obra de José Antonio Marçal aporta conhecimento relevante para a área, tanto do ponto de vista teórico-conceitual, quanto, em especial, da expressiva análise das entrevistas realizadas. O corpo de conhecimento que vem sendo criado, muitas vezes, tem tido impacto nos próprios debates sobre ações afirmativas, em novas universidades que passaram a adotar tais ações ou nas avaliações periódicas que outras universidades realizam. As questões sobre a hegemonia branca, a formação de pensadores negros e o ambiente acadêmico para os cotistas negros, analisadas pelo autor, trazem discussões e interpretações que aportam e qualificam o debate, sem respostas finais e suscitando mais perguntas e problematizações. Ao mesmo tempo, uma face de afirmação – a face do negro que se diz – perpassa o texto de forma constante, com relevante domínio do discurso intelectual, que se manifesta ora explícita, ora implicitamente.” (Paulo Vinicius Baptista da Silva – Universidade Federal do Paraná/ Educação).

Portanto, este deve ser um texto lido, debatido e questionado em salas de aula, em grupos de estudo, em cursos de formação. Enfim, este texto deve ser entendido como um pretexto… Desejo que ele sirva de motivação para novas ideias e novos textos que se transformem em ações concretas para a dignificação do povo negro.

Do blog do amigo José Marçal
http://josemarcal.blogspot.com.br/2013/02/um-livro-que-ajuda-qualificar-o-debate.html

Hoje começam as aulas na rede pública estadual do Paraná. Professores e funcionários, iniciamos o ano letivo com o compromisso de dar o melhor de nós para que a sociedade tenha uma educação de mais qualidade, em 2013.
Para tanto, um dos grandes desafios que temos , é o de superar o discurso fácil da “importância da educação” e avançar em ações públicas mais efetivas para a melhoria das condições de trabalho dos profissionais de educação e da infraestrutura das nossas escolas.
Educação de qualidade exige investimentos sólidos: menos discursos e mais ações efetivas.
Esta contradição, entre o discurso governamental e da própria sociedade, e a realidade cotidiana que vivemos nas escolas é uma das principais razões da greve, na rede pública estadual do Paraná, marcada para o dia 13 de março.Ela só não acontecerá se o governo atender as principais reinvindicações da categoria, que com certeza, atuam diretamente na qualidade da educação ofertada às nossas crianças.
Desejo aqui, um bom ano letivo para todos e todas educadoras do Paraná, É hora de coletivamente defendermos a nossa profissão e a valorização que “ tanto dizem “ que merecemos. E de fato, a valorização dos profissionais de educação é um dos melhores presentes para o amanhã de qualquer povo.
Este é um momento de muita união na nossa categoria. Vamos intensificar o debate nas escolas para construirmos uma greve forte e inteligente.
É hora de defendermos a nossa profissão!
Vamos à luta!