07 de agosto: Dia Estadual dos Funcionários e Funcionárias de Escolas

Sempre estive na luta, ao lado de todos os funcionários de escolas do Paraná! Quero compartilhar com você mais este momento histórico para a educação do Estado”.

Professor Luiz Carlos Paixão
 

 


Neste dia 07 de agosto, comemoramos o Dia Estadual do Funcionário e da Funcionária de Escola. A data é o reconhecimento da importância dos funcionários para a realização do processo educativo em nossas escolas.

Este reconhecimento não veio por acaso. Até pouco tempo, funcionários do Paraná – e da maioria dos Estados brasileiros – sofriam um ataque terrível. Não havia concursos públicos, os contratos eram precários, existia um forte processo de terceirização e os salários eram aviltantes. Também, não faz muito tempo que parte dos funcionários de escolas do Paraná recebia um complemento salarial, para chegar ao valor do salário mínimo nacional.  Foi a atuação organizada em torno da APP-Sindicato que nos garantiu melhores condições para o trabalho nas escolas.

Hoje, o funcionário de escola do Paraná tem um plano de carreira pelo regime estatutário. E, desde 07 de agosto de 2009, os funcionários foram reconhecidos como profissionais de educação na LDB.

Como educador e militante das lutas pela valorização da educação pública, tenho acompanhado todo o árduo processo para o reconhecimento do trabalho e pela profissionalização dos funcionários de escolas. Iniciei minha carreira, como professor do Estado, em 1991. No final de 1996, fui eleito dirigente estadual da APP-Sindicato. E a minha primeira tarefa foi a de coordenar, junto com o José Valdivino de Moraes – que, na época, era o presidente do Sinte (Sindicato dos Funcionários de Escolas) –, o processo de unificação entre o Sinte e a APP.

Foi um momento muito interessante. Havia muita resistência. Tanto por parte dos professores, como dos funcionários. Após vários debates em todo o Estado, conseguimos amenizar as resistências. Em abril de 1998, em assembleia com os dois segmentos, unificamos as duas entidades.

O processo de unificação ainda não está totalmente consolidado. Mas não há como negar que ele contribui para a organização das lutas dos trabalhadores da educação do Paraná. Juntos, ficamos mais fortes e pudemos resistir ao processo de terceirização e privatização da educação do Estado.  Em seguida, unidos, conseguimos conquistar novos direitos para professores e funcionários.

Nesta data, temos muito a comemorar! Especialmente a grandeza do trabalho que realizamos diariamente no interior das escolas. Sem funcionários, não há educação.

E, nesta data, também quero lembrar dois episódios que me marcaram muito nesta trajetória de luta pelo reconhecimento e valorização dos funcionários de escolas. O primeiro foi o da campanha que fizemos nos primeiros anos da década de 2000, questionando as péssimas condições de salários e de trabalho: a campanha do prato vazio. E aqui, minha homenagem à funcionária Agente Educacional I Maria Isabel, de Londrina, nossa modelo no cartaz da campanha. Quanta expressividade! Muitas vezes, as imagens falam mais que centenas de palavras.

Lembro, como se fosse hoje, de um ato que fizemos no calçadão de Londrina. Em cima de um caminhão, a funcionária Rosicler Moreira quebrou um prato, denunciando a situação de penúria na qual viviam os funcionários. Aquela cena me marcou muito. Com uma funcionária de escola, aprendemos que, durante a vida e para melhorar o mundo, é necessário quebrar os pratos e as paredes que dividem e oprimem nosso povo.

Quero lembrar outro fato. O dia em que, no Palácio Iguaçu, o governo nos apresentou um decreto instituindo o auxílio alimentação para os funcionários. Para que isto acontecesse, fizemos duas mobilizações históricas. Ocupamos a Secretaria Estadual da Fazenda e, meses depois, a Secretaria da Administração. Um dia após esta última, uma comissão do sindicato foi chamada ao Palácio. Ao apresentarem a proposta de um auxílio alimentação de R$ 30,00 para todos os funcionários de escolas, o professor Romeu Gomes de Miranda, na época presidente da APP, se conteve e disse: “Com este valor, vocês estão dando um atestado de como tratam nossos funcionários. R$ 30,00 não são suficientes nem para alimentar o cachorro do governador Lerner”. Pois é… E a situação era tão caótica que a categoria comemorou o auxílio alimentação de R$ 30,00 como uma grande vitória.

Todas aquelas lutas que participamos naquele período foram fundamentais para as conquistas que temos agora.  O passado joga luzes no nosso presente. Não podemos esquecê-lo.

Hoje, temos carreira e reconhecimento. Mas precisamos continuar juntos, para que possamos avançar mais. Temos desafios para superar. Nosso plano de carreira precisa ser melhorado. Ele deve recepcionar a titulação de Ensino Superior para o Agente Educacional I e o de pós-graduação para o Agente Educacional II. Precisamos garantir um programa de formação continuada para os funcionários nos moldes do PDE dos professores. E, em nível nacional, é necessária a aprovação de um Piso Salarial Profissional para os funcionários de escolas.

Por isto, sou candidato a deputado federal. No Congresso Nacional, vou poder apresentar projetos de lei e atuar nesta importante caminhada para a valorização dos trabalhadores em educação do nosso país e de nosso Estado. Fui indicado por lideranças da nossa categoria, funcionários e professores, para concorrer ao cargo nestas eleições. O objetivo é colocar a nossa voz no Congresso. A maioria dos candidatos não viveu – e não conhece – a nossa luta pela valorização dos profissionais da educação. Nós sabemos.

Com o seu apoio, poderemos, pela primeira vez, eleger um representante das lutas da educação pública como deputado federal. Esta será mais uma tarefa de cada um de nós. E, com certeza, contribuirá para continuarmos fortalecendo ainda mais nossa profissão.

Um grande abraço!

Luiz Carlos Paixão da Rocha
IMPORTANTE
O Dia Estadual dos Funcionários de Escolas é uma lei estadual apresentada na Assembleia Legislativa do Paraná, pelo deputado Professor Lemos, dirigente licenciado da APP-Sindicato

 

08 de agosto: Biblioteca Viva e Circo Rural em Londrina


Domingo, dia 8 de agosto, é o ‘Dia dos Pais’ e será um dia de muitas brincadeiras e troca de livros!

É que o projeto Biblioteca Viva Itinerante e o Circo Rural se juntaram para fazer uma edição especialíssima… Afinal, este é um dia para se lembrar a importância da relação entre pai e filho, que, cada vez mais participam das brincadeiras de seus filhos e saem daquele estigma de que a função do pai é de trabalhar e sustentar a casa.

Biblioteca Viva Itinerante cria condições para a experiência da alegria,através do brincar, ocupando as praças de uma maneira saudável. São varias brincadeiras: tem livros, historias, pinturas, carrinhos, perna de pau, entre outros.

“Circo Rural” encerra o evento apresentando ao público o cenário da fazenda, com uma leitura das atividades do campo através de palhaços, malabaristas e acrobatas. Encenado sobre um jipe Rural Willys o espetáculo traz a história de um fugitivo anunciada no rádio. Todos começam a suspeitar de um homem que aparece na fazenda, e em um clima de suspense outras personagens entram na trama: a velha que cuida da vaca mimosa, que nunca dá leite; a menina que colhe frutas; a lavadeira que faz acrobacias em acrobacias em um lençol estendido.O grupo inspirou-se no chamado circos de pau de roda, tradição do início do século XX, que consistiam em apresentações das trupes perto das fazendas, cujos donos cediam toras de madeira para armar o circo. Os espetáculos aconteciam nas praças das cidades próximas ou mesmo num pasto plano. Os ingressos eram pagos em dinheiro ou com doações dos fazendeiros, que davam comida ou animais ao elenco em troca dos espetáculos. “Circo Rural” é o resgate artístico de uma tradição singela.

Enfim, desejamos uma comemoração de dia dos pais com um olhar especial para a necessidade do brincar; com pais e filhos se divertindo muito!!!!

Informações
Traga um livro para trocar! E se tiver latas, para fazer pé de lata…

Onde: praça do Monumento Bíblico (perto da Casa do Papai Noel)
Quando: dia 08 de agosto, domingo, a partir das 15h
Patrocínio da Biblioteca Viva Itinerante: Promic (Programa Municipal de Incentivo a Cultura), Secretaria Municipal de Cultura de Londrina
Patrocínio do Circo Rural: prêmios Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo  (2009) e Funarte Artes Cênicas na Rua (2009)

Pesquisa CNT/Sensus aponta larga vantagem de Dilma

A candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando subiu quase seis pontos percentuais na mais recente pesquisa CNT/Sensus, divulgada hoje. Dilma Rousseff passou de 35,7%, em maio, para 41,6% em agosto nas intenções de voto de primeiro turno. Enquanto isso, José Serra (PSDB) caiu de 33,2% para 31,6%. Já Marina Silva (PV) está com 8,5%.

O Instituto Sensus realizou duas mil entrevistas, em 136 municípios brasileiros de 24 estados, nas cinco regiões brasileiras, no período de 31 de julho a 2 de agosto. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Na pesquisa espontânea para o primeiro turno, na qual não são apresentados nomes dos candidatos, Dilma lidera com 30,4%, à frente de Serra (20,2%) e Marina (5%). Logo, Dilma está 10 pontos à frente, em ambas pesquisas (estimulada e esponânea).

Eleitor rejeita baixaria

“Dilma vêm crescendo, carregada pelo apoio do presidente Lula. A queda de José Serra é devido ao excesso de críticas. De forma geral, o eleitor não gosta de críticas”, aponta o presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clésio Andrade.

Neste mesmo sentido, o cientista político Ricardo Guedes, do Sensus, contou que nos grupos de discussão realizados em todas as regiões brasileiras, uma pergunta é freqüente: “Como um candidato pode criminalizar o outro se ele está fazendo bem para a população?”. Ou seja, a estratégia de ataques do PSDB contra o PT não teve o efeito esperado.

Segundo turno

De acordo com a pesquisa, Dilma venceria com 48,3% no segundo turno, e José Serra ficaria com 36,6%, Em caso de segundo turno contra Marina Silva, Dilma venceria por 55,7% a 23,3%.

Em maio, Dilma era a única candidata de 26,6% dos pesquisados. Já em agosto, 34,6% anunciaram que a única candidata em que podem votar é Dilma. Além disso, 47,1% dos pesquisados afirmaram que Dilma ganhará, mesmo que não votem nela. Serra fica com 30%e Marina com 2,2%.

Também cresceu o número de pessoas que avaliam como “ótimo” o Governo Lula de 34,9% em maio para 38,9% em agosto. 77,5% dos pesquisados avalia o Governo Lula como positivo.

Dilma está preparada para o primeiro debate

A Band realiza hoje (5), às 22 horas, o primeiro debate de televisão com os candidatos a presidente. Hoje, Dilma Rousseff afirmou que está bem preparada para discutir propostas e projetos para o país.
Segundo ela, esse é o momento que as pessoas esperam ouvir dos candidatos suas propostas e suas convicções em relação ao país e não um embate de baixo nível. “Vocês acreditam que o debate é um torneio de provocações? Eu não”, indagou aos jornalistas, durante entrevista coletiva em Brasília.

“Há uma diferença entre dizer e fazer. Por isso, eu não acho que a gente possa considerar que um debate é um torneio de provocações”, argumentou.

Dilma explicou que vem se preparando há algum tempo para os debates e que isso, na verdade, faz parte de sua rotina de aprendizado para governar o país. “No meu dia-a-dia de campanha eu estou sempre procurando estudar mais e não é só para a campanha não. É porque eu acredito que para você governar bem você precisa ter um conhecimento profundo da realidade do país, da situação das diferentes regiões”, explicou. “Então, eu sempre me aprofundo nos temas e isso eu tenho feito agora também, obviamente.”

O programa da Band TV abre a temporada de debates televisivos no Brasil nesta quinta-feira, 5, a partir das 22 horas. Os telespectadores poderão participar enviando perguntas à emissora. Sua participação é muito importante. A pergunta de abertura do debate entre os principais candidatos à Presidência será elaborada a partir dos temas que mais preocupam os internautas do portal eBand.

Para o Professor Paixão, será um momento importante para acompanhar ainda mais as propostas da candidata petista. “Temos um bom trabalho e boas ideias para melhorar nossa Educação e o governo do presidente Lula já iniciou muitas coisas boas que precisam ter a continuidade com Dilma Rousseff como presidente”, afirmou.

*Fonte – Dilma13.com.br

Paixão visita região Sudoeste do Paraná

Na semana passada o Professor Paixão visitou vários municípios do Paraná, para conversar com lideranças da educação e população em geral sobre as eleições de 2010. Para Paixão, o momento eleitoral é muito importante para a definição dos rumos do país e do Estado.

“Estamos a frente de dois projetos antagônicos sobre o papel do Estado. Um lado nestas eleições representa a visão do Estado mínimo para as políticas sociais e forte para o mercado. O outro, defende o fortalecimento do Estado como indutor de políticas públicas para a população”, destacou.

Na hora de informar sobre em qual lado está, Paixão é enfático. “Estou do lado que atende os interesses da população trabalhadora. Enfrentei 8 anos de política do Estado mínimo e sei o que é isso. Se não fosse a resistência dos trabalhadores organizados, não teríamos hoje escola pública e profissionais concursados. Por isto defendo a grande coligação construída no Paraná para manter os avanços sociais do último período aqui e no resto do Brasil. Voltar atrás, não!”

Durante a viagem, após passar nos três quilombos da comunidade do Rocio, em Palmas, Paixão visitou os municípios de Chopinzinho, Umuarama, Toledo, Formosa do Oeste e Assis Chateaubriand. Em Formosa do Oeste, ele se encontrou com o Professor Lemos. Lá, se reuniram com lideranças da educação e do município. Educadores querem eleger Paixão como deputado federal e Lemos como deputado estadual.

Congresso Nacional absolve MST

O MST jamais desviou dinheiro público para realizar ocupações de terra – eis a conclusão da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), integrada por deputados federais e senadores, instaurada para apurar se havia fundamento nas acusações, orquestradas pelos senhores do latifúndio, de que os movimentos comprometidos com a reforma agrária se apoderaram de recursos oficiais.

Em oito meses, foram convocadas treze audiências públicas. As contas de dezenas de cooperativas de agricultores e associações de apoio à reforma agrária foram exaustivamente vasculhadas. Nada foi apurado. Segundo o relator, o deputado federal Jilmar Tatto (PT/SP), “foi uma CPMI desnecessária”.

Não tão desnecessária assim, pois provou, oficialmente, que as denúncias da bancada ruralista no Congresso são infundadas. E constatou-se que entidades e movimentos voltados à reforma fundiária desenvolvem sério trabalho de aperfeiçoamento da agricultura familiar e qualificação técnica dos agricultores.

O que os denunciantes buscavam era reaquecer a velha política – descartada pelo governo Lula – de criminalizar os movimentos sociais brasileiros. Esse tipo de terrorismo tupiniquim a história de nosso país conhece bem:

– Monteiro Lobato foi preso por propagar que havia petróleo no Brasil (o que prejudicou os interesses usamericanos);

– foram chamados de comunistas os que defendiam a criação da Petrobras;

– e, de terroristas, os que lutavam contra a ditadura e pela redemocratização do país.

A Comissão Parlamentar significou, para quem insistiu em instaurá-la, um tiro saído pela culatra. Ficou claro para deputados e senadores bem intencionados que é preciso votar, o quanto antes, o projeto de lei que prevê a desapropriação de propriedades rurais que utilizam trabalho escravo em suas terras. E resolver, o quanto antes, a questão dos índices de produtividade da terra.

A investigação trouxe à luz, não a suposta bandidagem do MST e congêneres, como acusavam os senhores do latifúndio, e sim a importância desses movimentos no atendimento à população sem-terra. Eles cuidam da organização de acampamentos e assentamentos e, assim, evitam a migração que reforça, nas cidades, o cinturão de favelas e o contingente de famílias e pessoas desamparadas, sujeitas ao trabalho informal, ao alcoolismo, às drogas, à criminalidade.

Segundo Jilmar Tatto, os inimigos da reforma agrária “fizeram toda uma carga, um discurso muito raivoso, colocaram dúvidas em relação ao desvio de recursos públicos e perceberam que a montanha tinha parido um rato. Porque não havia desvio nenhum. As entidades e o governo abriram todas as suas contas. Foram transparentes e, em nenhum momento, conseguiu-se identificar um centavo de desvio de recurso público. Foram desmoralizados (os denunciantes), e resolveram se ausentar dos trabalhos da CPMI. (…) Foi um trabalho produtivo, no sentido de deixar claro que não houve desvio de recurso público para fazer ocupação de terras no Brasil. O que houve foi a oposição fazendo uma carga muito grande contra o governo e o MST.”

Os parlamentares sensíveis à questão social no Brasil se convenceram, graças ao trabalho da comissão, que é preciso aumentar os recursos para a agricultura familiar; garantir que a legislação trabalhista seja aplicada na zona rural; e incentivar sempre mais os plantios alternativos e os alimentos orgânicos, sobre cuja qualidade nutricional não paira a desconfiança que pesa sobre os transgênicos. E, sobretudo, intensificar a reforma agrária no país, desapropriando, como exige a Constituição, as terras improdutivas.

Dados recentes mostram que, no Brasil, se ocupam 3 milhões de ha (hectares) com a lavoura de arroz e 4,3 milhões com feijão. Segundo o geógrafo Ricardo Alvarez, se compararmos com os 851 milhões de ha que formam este colosso chamado Brasil veremos que as cifras são raquíticas. Apenas 0,85% do território nacional está ocupado com o cereal e leguminosa. Um aumento de apenas 20% na área plantada significaria passar de 7,3 para 8,7 milhões de ha, com forte impacto na alimentação do povo brasileiro.

Para Alvarez, o aumento da produção levaria à queda de preços, ruim para o produtor, bom para os consumidores. Caberia, então, ao governo implantar uma política de ampliação da produção de alimentos, garantir preços mínimos, forçar a ocupação da terra, combater o latifúndio, gerar empregos no campo e atacar a fome. Ação muito mais eficiente, graças aos 20% de acréscimo na área plantada, do que o assistencialismo alimentar.

O latifúndio ocupa, hoje, mais de 20 milhões de ha com soja. No início dos anos 90, o número beirava os 11,5 milhões. A cana-de-açúcar foi de 4,2 para 6,5 milhões de ha no mesmo período. Arroz e feijão sofreram redução da área plantada. Hoje o brasileiro consome mais massas do que a tradicional combinação de arroz e feijão, de grande valor nutritivo.

Alvarez conclui: “Não faltam terras no Brasil, faltam políticas de distribuição delas. Não faltam empregos, falta vontade de enfrentar a terra improdutiva. Não falta comida, falta direcionar a produção para atender as necessidades básicas de nossa população.”

* Frei Betto é escritor, autor de “Calendário do Poder” (Rocco), entre outros livros. www.freibetto.org

Twitter:@freibetto

Paixão quer Programa Nacional de Incentivo à Leitura

O Professor Paixão está preocupado com o baixo grau de literatura que existe no país. Em sua opinião, os altos valores muitas vezes dificultam o acesso das pessoas – principalmente na infância e juventude – aos livros. Para combater isso e oferecer como alternativa, Paixão assumiu o compromisso junto às comunidades que têm visitado pelo interior do estado de garantir um acesso melhor para todos no que se refere às letras.

“Quero defender a criação de um Plano Nacional de Incentivo à Literatura, que estaria integrado com outro maior relacionado à cultura em geral. Temos alguns planos localizados, mas como deputado federal há a possibilidade de expandir essas ideia ainda mais”, afirmou.

Entre o público alvo Paixão destaca as crianças. “Tive uma formação familiar muito boa e juntamente com meus pais, os livros ajudaram nesse processo de crescimento”, disse.

Não deixe a sua cor passar em branco!

O Censo do IBGE que começou no domingo (01/08) confirmará o que estudos acadêmicos, e a própria Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD), vêm indicando: a soma de pretos e pardos auto-declarados passou de 51% e o Brasil já é um país de maioria negra.

O quesito raça é pesquisado desde o primeiro Censo realizado em 1872 e se manteve no segundo, em 1890. Nos Censos de 1900 e 1920 foi suprimido, retornando em 1940, sob a denominação de cor. Em 1970, sob a ditadura militar, voltaria a ser novamente suprimido, voltando a aparecer no de 1980. Em 1991, o quesito cor voltou a figurar no Censo, a exemplo da nova categoria “indígenas e amarelos”.

O Censo de 2010 mobilizará 191.972 recenseadores, 33.012 agentes censitários e 332 analistas censitários. Serão percorridos os 5.565 municípios e 58 milhões de domicílios serão visitados. O critério adotado pelo IBGE é autodeclatório. No quesito raça/cor as alternativas são: preto, pardo, amarelo, indígena e branco.

O Censo também deverá apontar o crescimento das religiões de matriz africana, graças a iniciativas como a do Coletivo de Entidades Negras (CEN), que lançou a campanha “Quem é de Axé diz que é”. Segundo seu idealizador, o jornalista Márcio Martins Gualberto, colunista de Afropress “as religiões de matrizes africanas, por preconceito, ainda são associadas só a negros, pobres e analfabetos”.

“Isso leva muitos a se dizerem católicos ou espíritas, em vez de umbandistas e candomblecistas”, frisa Márcio. O Censo de 2000 registrou que 0,3% da população declarava ser adepto de religiões afro.

Não deixe sua cor passar em branco – Entidades do Movimento Negro de todo o país também retomaram a campanha “Não deixe sua cor passar em branco”, que acontece desde 1991.

De acordo com o Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil (2007/2008), coordenado pelo economista Marcelo Paixão, apenas duas regiões, das cinco do país, são majoritariamente brancas: as regiões Sul e Sudeste.

As demais – Norte, Nordeste e Centro-Oeste – têm maioria negra. Mesmo assim, também nas regiões Sul e Sudeste estudos indicam que o contingente de pessoas negras vem aumentando. De 33,4% para 40,2% na região Sudeste e de 15,2% para 19,7% na região Sul

Campanha é alerta – Segundo o sociólogo Marcos Cardoso, uma das lideranças da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen) a campanha ‘Não deixe sua cor passar em branco!’ tem o objetivo de sensibilizar os negros e seus descendentes para assumirem sua identidade histórica insistentemente negada.

No Censo deste ano Cardoso disse que a campanha terá o mote “Sou negro e sou de Axé”, que é a forma de incentivar aos adeptos de religiões de matriz africana a assumirem sua identidade religiosa.

Identidade – Cardoso enfatiza a importância da população negra assumir sua própria identidade: “Enquanto estivermos, como estamos hoje – após 122 anos da abolição da escravatura – vivendo uma abolição não conclusa, precisaremos reafirmar nossa etnia do ponto de vista político, econômico, habitacional, na área da saúde, na área da educação, nas condições de supressão da liberdade que não se dá apenas aos presidiários, mas a pais e mães que clamam por políticas para garantir que seus filhos e filhas possam crescer com dignidade e sem ameaças”, afirma.

Fonte: Afropress


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